domingo, 13 de maio de 2007

sem-razão

Não sei o que há em mim
Que é tão teu como o silêncio
E lateja e entrega e tolera...

Talvez seja a distância de pele
Esse tato quase volátil
Expresso na ponta do lápis
Quem sabe um suspiro breve
Que o papel guarda no quarto

Não sei o que em mim
Leva a ti...
Que sempre foge

Nos dias que brilhamos
O hesitante entusiasmo
Único consolo:
O gozo impregnado
No corpo:
O mesmo orgasmo

Não sei o que
Fica
De ti...
Em mim
Que sempre falta