quinta-feira, 13 de setembro de 2007

lúdica*

Perdoa meu jeito atrevido
de devorar teu sorriso
(e te molhar sem frescura
se tua boca me manipula)

Perdoa meu jeito atirado
de te puxar pro meu lado
(e me mostrar insegura
quando tua mão me vasculha)


Perdoa meu jeito explícito
de aliciar teus pêlos ilícitos
(e me apresentar confusa
se nosso prazer se mistura)

Perdoa meu jeito indiscreto
De beijar teu membro ereto
(e saciar minha gula
quando teu gosto me inaugura)

Perdoa meu jeito voraz
de te pedir sempre mais....

Perdoa meu jeito sincero:
De te dizer que te quero!!

(*Releitura/reescritura de um poema antigo... provavelmente de 2004/2005.)

sábado, 1 de setembro de 2007

anti-soneto

Com a boca felina
O verbo preenche a rima
que brilha impaciente
(entre as coxas)

rica de desejos
... clandestina
Num toque aceso
(entre os dedos)

o verso insere
seu gesto ereto
na estrofe desmedida

e inscreve o soneto
(...obsceno)
que a libido assina