quarta-feira, 9 de março de 2011

para uma quarta-feira (quase) cinza*

Recuperando o presente,
Percorro aqueles passados
Outros feriados sem fim
E todos os domingos
Que você roubou de mim
Recolho migalhas de carinho
Nos abraços que ainda sinto
Espalhados entre os nãos
Dos seus atalhos em meus vãos


*Repostagem

2 comentários:

Marlene Caminhoto disse...

Amei o pouco que vi de suas poesias... Creio que temos algo em comum, inspirada deixo lhe uma minha:

QUARTA FEIRA DE CINZAS
Marlene Caminhoto Nassa

Hoje é dia de cinzas
Cinzas dos meus amores
Que trouxe consigo
As dores

E me retirou as cores
Deixando o cinza na alma
Vampirizando todo o carmim
Que antes havia em mim

Nesta triste encruzilhada
Com a fantasia rasgada
E sem placa de orientação
Só o cinza me rodeia

Neste cinzento alvorecer
E me envolve numa teia
Que me confunde o querer
Aos poucos em pó
Vou me tornando

E o vento espalha sem dó
Cumpro do destino a triste sina
Que em cinza nos transformou

E na quarta feira de cinzas
Na encruzilhada dessa esquina
Nossas cinzas espalhou...

Anônimo disse...

Cinzas numa quarta-feira de lembranças coloridas e mortas.
Remoto vazio...
Lembranças que nunca morrerão e que deveremos matar todos os dias.

Saudade, moça.
Bjs,
Si