sábado, 15 de novembro de 2014

um verso sozinho não faz refrão

para tecer
um verso
não meço
(nem apresso)
a rima
não presto
atenção
à forma
não penso em pôr
o poema em fôrma
sou antiestética
sem métrica
mesmo assim
não sou concreta
nem me presto
a seguir as regras
me percebo
como um blefe
um plágio
um placebo
criação inútil
e frágil

lírica em demasia
diante do poema
não sou poeta
me sei apenas
poesia

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo poema.
Parabéns Sandra.

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