domingo, 24 de junho de 2007

sei dizer que foi (muito) bom!*

Só quando o espelho do olhar reflete
o mesmo brilho umedecido
Onde se esconde, imperativo,
O gosto pleno que molha a pele...
Ou quando seus pêlos vêm ao encontro
Das minhas coxas
E pouso, doce, minha boca
Nos pêlos do seu corpo...
Só quando o balanço das pernas repete
O intenso movimento estático
Que vibra calado e mais rápido
A cada pedido que você profere...
Só quando a iminência do jorro rasga
O silêncio ígneo das palavras
E minha mão afasta a falta do seu tato
E seus dedos apertam meu cansaço...
Só quando você deixa seu peso abandonado
Dentro da minha necessidade perene
E me irriga... me fita... e geme
E me faz adormecer extasiada

(*às vezes, uma frase - este título - diz mais que todos os versos...)

8 comentários:

Anônimo disse...

oi! você confirma uma tese minha: estilo o poeta burila, aperfeiçoa. Neste teu, você é o máximo. beijos

Feliz disse...

quantas palavras bonitas que eu não sei o significado, moça. bacana, bacana.

mg6es disse...

é como dizer adeus sem dizê-lo. belo, triste, dorido.

bjooo, querida!

Antonio Junior disse...

Sem metáforas, nunca vi um coito tão bem delineado. Tal qual uma sinfonia introdução, ápice e gozo. Há braços!


Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos

Anônimo disse...

Ui...

Posso ver isso não..

rsrsrs

Anônimo disse...

No vento
Meio por fora
Meio lento
Saí do meio do rio
Caí no meio do mar
~~~~~~~~~~~~~~~~
Fechei pra balanço
Renovei águas
As águas que vem de dentro~~~~
Riodaqui. beijo e saudade. paulo vigu

Anônimo disse...

Você faz parte da primeira divisão da poesia.....

Anônimo disse...

.....adorei!!!!