domingo, 8 de julho de 2007

insônia*

Nestes dias,
De versos imersos em saudade
Nos restos de poesia:
Sou metade.
Faz frio ao lado:
Vazio.
No lençol gelado
Um corpo macio
acumula sonhos inteiros
No abandono do travesseiro:
Eu delineio o desenho
Do seu beijo
no meu seio
e desarrumo promessas
de calor e sedução
Que coleciono sob o edredom

* Porque essa distância tem me tirado o sono!

10 comentários:

Anônimo disse...

vc é foda

coloca os sentimentos como ningué

Parabéns

moacircaetano, todo prosa! disse...

eu sei como vc se sente...
também estou distante do meu amor!
dói, né?

Anônimo disse...

a linha que permeia e ponteia teus versos é sempre de precisão cirurgica. A mim, parece praticamente impossível escrever tão polidamente e com tanta força com essa alma, com essa carga de erotismo. nesse teu estilo você é perfeita. beijos

mg6es disse...

de testemunha de travessuras, o travesseiro hoje, n�o passa de um rascunho de caricaturas.

bjo, mo�a.

Leandro Jardim disse...

sempre a belíssima meta-lingu-a-gem da c-ama!

beiJardins

Maria Maria disse...

"Porque essa distância tem me tirado o sono!" E a fome, e o desejo, e o corpo... tão assíndeta... tem, também, me tirado a cama.
Completei em pertinência social. Obrigada pela visita a casa espartilho. Sinta-se vizinha de janela. Beijos Maria Maria

Anônimo disse...

O sono se vai quando o que há de melhor se ausenta!

bjo de poeta!

Helder Herik disse...

adorei esse seu poema. Muita força nele.

abraço

Clóvis Struchel disse...

Maravilha de poema!




:)

Anônimo disse...

Espero um vôo atrasado e em atraso passo por aqui como quem voa. É correria e saudade,mas com o mesmo ardor. Riodaqui - Paulo Vigu