sábado, 2 de dezembro de 2006

leitura labial

Meu desejo circunflexo se pontua
quando sua oralidade me acentua
Na pronúncia rápida do sexo:
a sílaba tácita do verso
Na boca, o trava-língua, ainda átono
enrola o fonema mais aberto

...É assim quando você - sujeito grave -
me abre as páginas internas
e traduz com os lábios meus hiatos
: a fluidez da rima entre as pernas...
E eu (oblíqua crase - quase aguda)
conjugo outro orgasmo... que se articula
no predicado dessa leitura

7 comentários:

Leandro Jardim disse...

Opa! que beleza!!!!
Dá vontade de ler todos os seus poemas sempre em voz alta!!! hehehe

sua química de intensidade de intenções e fineza de poesia é de grande beleza lírica

;)

tá linda a cara nova do blog!!!

beiJardins

mg6es disse...

há poemas que cabem um palavrão, como comentário, pela força que exercem aos olhos, ou, um grito, sei lá, algo eufórico. este é um. Sandra, perfeito!

Bjo!

Anônimo disse...

Que livro gostoso de ler, Sandra. Você sempre afiada nesse erotismo "lingüístico-gramatical". Está demais. Um beijo.

Lunna Guedes disse...

fui visitar seu antigo blog e qual a minha surpresa, você mudou pra cá... E agora estou aqui também, sem link lá no meu... Algo que devo corrigir rapidamente...
Beijos.

Anônimo disse...

Acentuá-la em oralidades e pontuar seu desejo circunflexo - não necessariamente nesta ordem - é capa e contracapa para quem procura novas gramáticas. Riodaqui aí - beijo em você - Paulo Vigu

A czarina das quinquilharias disse...

fiu! alguém me assopra?
lindo espaço :) e muito prazer em conhecê-la sandrinha!

Anônimo disse...

Fiquei sem palavras, diante desse sexo gramatical.