Meu desejo circunflexo se pontua
quando sua oralidade me acentua
Na pronúncia rápida do sexo:
a sílaba tácita do verso
Na boca, o trava-língua, ainda átono
enrola o fonema mais aberto
...É assim quando você - sujeito grave -
me abre as páginas internas
e traduz com os lábios meus hiatos
: a fluidez da rima entre as pernas...
E eu (oblíqua crase - quase aguda)
conjugo outro orgasmo... que se articula
no predicado dessa leitura
7 comentários:
Opa! que beleza!!!!
Dá vontade de ler todos os seus poemas sempre em voz alta!!! hehehe
sua química de intensidade de intenções e fineza de poesia é de grande beleza lírica
;)
tá linda a cara nova do blog!!!
beiJardins
há poemas que cabem um palavrão, como comentário, pela força que exercem aos olhos, ou, um grito, sei lá, algo eufórico. este é um. Sandra, perfeito!
Bjo!
Que livro gostoso de ler, Sandra. Você sempre afiada nesse erotismo "lingüístico-gramatical". Está demais. Um beijo.
fui visitar seu antigo blog e qual a minha surpresa, você mudou pra cá... E agora estou aqui também, sem link lá no meu... Algo que devo corrigir rapidamente...
Beijos.
Acentuá-la em oralidades e pontuar seu desejo circunflexo - não necessariamente nesta ordem - é capa e contracapa para quem procura novas gramáticas. Riodaqui aí - beijo em você - Paulo Vigu
fiu! alguém me assopra?
lindo espaço :) e muito prazer em conhecê-la sandrinha!
Fiquei sem palavras, diante desse sexo gramatical.
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